Sunday, July 20, 2008

Façamos Amor, Mas Façamos Arte!


O contato do ser humano com uma obra de arte, faz emergir um novo ser. Ninguém é intangível à arte em suas diversificadas formas de manifestação. Não é vista apenas pelo olhar, mas pelos sentidos, captada, ainda que indiscernível, abre fendas, labaredas em todos que com ela se deparam.

Cegos, crianças, fanáticos, "loucos", "mutilados morais", se o olho vê a arte, vai além.

Segundo o artista plástico Almandrade: "a arte produz efeitos imprevisíveis e é preciso entende-la sem descreve-la". E quem se atreveria a equacionar o seu alcance?

A obra de arte transbora a pré-intenção do artista, reflete no espectador, transformando-o num homem novo.

Quantas vezes não mudamos, não alteramos as nossas perspectivas perante relacionamentos e fatos após ouvirmos uma canção?

E a mesma canção pode nos trazer leituras diferentes acerca da mesma realidade.

Não pretendendo adentrar no "mito da incompreensibilidade" da arte e sim a necessidade de utiliza-la como fato social propulsor de uma nova ordem: Se o homem muda com a arte, esta transforma o mundo!

O mundo moderno e suas neuroses tem na arte a sua mais sadia forma de profilaxia.

Todos nós precisamos de angústias, crises existenciais, temores e fobias. Precisamos tanto que às vezes criamos problemas onde não existem.

Precisamos de uma certa dose de loucura para que a vida não se torne morna ou sem sentido. Sem sofrimento qual paixão humana nos afundaria para que aprendêssemos a voltar à superfície novos, experientes, mais ternos e mais humanos?

Assim, amados, consumam menos drogas e mais arte!

"Poetas, seresteiros, cancioneiros, ouvis..."

A arte é a veia aberta da verdadeira revolução.

E o artista? É todo aquele que aprendeu que a criatividade, da Ecologia à Bio-Medicina é a grande "sacada" para a nossa convivência "sustentável".

Segundo Miguel Torga:

"De quantos ofícios há no mundo, o mais belo e o mais trágico é o de criar arte. É ele o único onde um dia não pode ser igual ao que passou. O artista tem uma condenação. E o dom de nunca poder automatizar a mão, o gosto, a enxada. Quando deixar de descobrir, de sofrer a dúvida, de caminhar na incerteza e no desespero, está perdido."

Assim, somos neuróticos, desesperados, sedentos de coisas novas, apavorados, inseguros, mas duvidamos. Sim, duvidamos!

E alguém se lembra de que mesmo a dúvida é o preço?

Portanto, amados, não somos canhões, somos canários...

E façamos carinhos com nossos cantos, façamos amor com a intensidade dos nossos desejos, mas façamos arte com nosso suor!


Alyne R. N. Costa

Brumado, 4 de maio de 2006

texto publicado no site http://www.aldeianago.com.br/

Friday, July 11, 2008

Salve Jorge


Viva são, viva são, viva São João

Salve São jorge

Salve abril, fevereiro, o ano inteiro

Salve São Jorge

Salve são, salve são, salve são

São Jorge Aragão

Salve assim, salve assado

ateu, consagradao

São Jorge Amado

Salve assim, sereno, tranquilo

São Jorge Vercilo

Salve em ré menor, Salve em dó maior

Salve bem, salve bem, salve bem

São Jorge Bem Jor

Salve toda luz

o sinal da cruz

as armas de Jorge

Viva Santo Antonio, São Sebastião

Salve São Jorge

Das estrelas

De toda lua

Minguante, Crescente, Cheia e Nova

Gente, Salve São Jorge

Que brilha no céu

Sobre o seu cavalo

Pela Capadócia

Por toda audácia

Salve São, Salve São, Salve São

Salve São Jorge


Alyne Costa

maio de 2008