A delicadeza cura
Em “Caminhos do Coração” Gonzaguinha canta que aprendeu que
se depende sempre de tanta, muita e diferente gente... De fato cada um dá o que
tem, o que nutre no fundo da alma, uns dão indiferença, ausência, outros,
estupidez, alguns outros dão cuidado, afeto, caridade e a fina flor da amizade.
Acometida de uma forte gripe alérgica que me levou a adiar
compromissos importantes para minha vida, pude observar que nem sempre é
preciso desacreditar das pessoas, enquanto uns seguem sua saga louca por
dinheiro, bens, status, outros possuem outro paradigma de valores.
E, a essa altura da vida, convém saber bem efetuar escolhas
de quem você tem do seu lado na sua construção diária de afetos. Ter afeto é
nutrir responsabilidade sobre o outro, não a de pagar conta, sabe? Essa tem que
ser dividida, mas a responsabilidade de oferecer ao outro o que o outro lhe
oferece.
A reciprocidade é matriz dos indissolúveis afetos.
É aquela que destrava a chave e abre porta para os
recomeços.
Alyne Costa, 13/03/2025
Comments