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Sobra de Canção

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Restam as minhas sobras, levadas ao vento... E eu me pergunto o que não sou? Desde que não estou junto a ti? Tudo é difícil... Vejo o amor como um parque repleto de alegorias. Gangorras e almofadas coloridas. Espero uma resposta na chuva que desaba em mim: Lembranças, fragâncias, fotografias e questões. Triste eu abro os olhos e vejo o amor. Desenho meu retrato nas paredes dos banheiros. Risco versos obscenos. Corto minha alma em fina lâmina. Nada sangra... Apenas uma distância que não aparta, nem divide. Surgem visões de pássaros e rãs... Um piano toca só. Acordes por nós dois. Datas marcadas na agenda. Esperas, compromissos, filmes adiados. Encontro marcado com a solidão. Monólogos, teses, coisinhas inúteis... Poemas abortados. Faço minha a chama da sua solidão. Arrisco previsões. Desligo todos os telejornais: Chacinas, política, arriscadas econômicas... Abraço o travesseiro e sonho. Qualquer coisa me mostra pulsos cortados... Corpos mutilados, carbonizados, canções boêmias como não ...