Thursday, June 15, 2017

Fronteiras do Amor

O amor tem fronteiras e as vezes morre inaudito e de véspera.
É tão triste quando a gente mata um amor.
Mas as vezes é necessário...
Nunca a gente escolhe ou sabe porque ama. Mas a gente pode matar um amor, sim.
A gente mata um amor quando não sabe ouvir, quando não responde, quando tem medo ou quando se entrega a uma amargura qualquer.
Tem uma bela música do Paralamas que diz: "Saber amar... Saber deixar alguém te amar..."
E existem inúmeras, um verdadeiro arco-íris de forma de amar.
Mas matar um amor por uma atitude abusiva, de invasão ao momento ou à dor do outro dói demais.
Você quer concertar e não tem remendo.
Você quer voltar no tempo e não ter dado aquele telefonema e dizer aquelas palavras, vc não queria ter ferido, ter invadido, ter machucado.
Mas fazer o que de nós meros humanos...
Tão imperfeitos, tão julgadores e tão dodóis.
Lembro de um telefonema de uns 13 anos atrás em que eu relatava meu amor por Fred e um amigo perguntou se eu já havia escutado a música Relicário. É isso... A gente faz a merda e depois faz um relicário.
Pelo amor de Deus precisamos abolir culpa do nosso dicionário.
|Até arrependimento.
Se agimos de alguma forma foi porque fizemos o que achávamos correto no momento e nas vicissitudes que estávamos atravessando.
Culpa é um sentimento extremamente reacionário.
Cada um responde por seu atos... Livre arbítrio.
A minha forma de amar é uma forma imensa. Eu sou daquelas de ligar, de sonhar, de fantasiar, de ir à beira da loucura até o sábio momento de deixar ir embora. De deixar livre e rodopiar como um beija flor na torcida por um final feliz.
O amor talvez seja uma das raras coisas da vida que não tem sombra.
O amor não tem pecado.
Só acerta.
O segredo é viver o momento, emudecido de sentimento.
Sentir, pulsar e deixar fluir, mesmo que amanhã você descubra que foi carência, ilusão ou sintonia.
O importante é que você sentiu, se envolveu, se permitiu. Amanhã é outra história, outro sorriso e outro amor.

Alyne Costa 16.06.17