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Showing posts from January, 2011

Amália, Dilma e a Janela

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Tava cansada de olhar para aquela janela. Aquela mulher pálida e aquela cicatriz q eu via à distância e minhas brincadeiras de adivinhações. O que foi isto? O que terá sido? Acidente? Facada? Assalto? Marido ciumento? Amante do marido? E ela lá... Devia ter também seu enredo para minha vida. Devia saber de cor as cores das minhas calçolas. Minhas intimidades todas. Se assistisse novela, capaz de ter um imaginário bem fértil que lhe desse asas de me achar qualquer coisa: puta, sapatão, maconheira, traficante, e bota coisa no imaginário dela! O adesivo de Dilma na janela me denunciava. Deve já ter feito três abortos. Ainda lembro o dia que me viu voltar da missa e o olhar escandalizado: -Na missa?!?! -Sim, na missa, lá na capela... Olhou-me fixamente e deslizou os olhos pela vestimenta de meu companheiro, como se ganhando fôlego para, enfim, afirmar: -Padre Napoleão não gosta da Dilma! -É, eu sei, mas Jesus gosta! Olhou, meio tensa, procurando conversa pra puxar e eu doida pra saber da c...

Façamos amor, mas façamos arte!

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Volpi O contato do ser humano com uma obra de arte, faz emergir um novo ser. Ninguém é intangível à arte em suas diversificadas formas de manifestação. Não é vista apenas pelo olhar, mas pelos sentidos, captada, ainda que indiscernível, abre fendas, labaredas em todos que com ela se deparam. Cegos, crianças, fanáticos, "loucos", "mutilados morais", se o olho vê a arte, vai além. Segundo o artista plástico Almandrade: "a arte produz efeitos imprevisíveis e é preciso entende-la sem descreve-la". E quem se atreveria a equacionar o seu alcance? A obra de arte transbora a pré-intenção do artista, reflete no espectador, transformando-o num homem novo. Quantas vezes não mudamos, não alteramos as nossas perspectivas perante relacionamentos e fatos após ouvirmos uma canção? E a mesma canção pode nos trazer leituras diferentes acerca da mesma realidade. Não pretendendo adentrar no "mito da incompreensibilidade" da arte e sim a necessidade de utiliza-la com...

Coral de Carolina

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Haveria debruçada em alguma janela Carolina como ela? Carol mais Carolina que aquela? Fez do mundo sua janela e pulando fora dela criou nossa primavera... Arde em Carolina a beleza da sã rebeldia De quem veio para o mundo pra fazer estripulia Vestindo de sabores sua fantasia Alcança como quem dança a arte da sabedoria Pára a natureza no olhar de Carolina Onda do mar, mergulho de piscina Suco de caju, beijo na surdina Carolina temperança, tempestade e confusão Carolina a vida ensina a ter mais compaixão Pois o dia em teu sorriso arrebata um coração Carolina flor menina adolescendo com paixão Carolina que rastafarizou sua trança Carolina que balançou o surfista na prancha Saiu do colégio pela contra-mão Fugiu do mudinho lá da Cruz da Redenção Carol, caroca, cocora Pula qual pipoca Carol do Acupe, da gameleira, de itacimirim Mas sempre Loly, coca-cola com quindim. Alyne Costa