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  Cura   Observo meu rosto no espelho como paisagem Qualquer utopia hoje parece miragem Me quebrei em cacos, por inteira Continuo casta, mas feiticeira Sei das muitas vezes que me quebrei Das feridas abertas, expostas Dos estigmas, dos medos e das propostas Há um vão impenetrável em minh’alma Sou cercada por muros e silêncios Somatizo todas as indiferenças Enfim, continuo me rendendo aos mistérios da vida Às vezes colorida, noutras extremamente sofrida E, apenas meus dois olhos observam: A cura e a solidão.   Alyne Costa, 26/9/2025