Aulas Regadas a Dodô e Osmar

Lembro com saudades dos meus livros de infância. Aqueles de colégio que traziam fragmentos de histórias da Ruth Rocha, da Henriqueta Lisboa e poemas de Cecília Meireles. Não lembro que autor mas nunca esqueço a história de Raquel e sua bolsa, a de uma gatinha que se chamava Face Branca Murmurante e de um livro do Pedro Bloch que contava a história de um menino daltônico intitulado: “Pai, me compra um amigo?” Era ávida por literatura. Nas férias escolares devorava os livrinhos de literatura infantil que a escola pedia e que não dava tempo durante o ano letivo de trabalhar na sala de aula. Frequentava bibliotecas e lia de Monteiro Lobato a lendas sobre o folclore brasileiro. Certa ocasião chegou um grande navio em Salvador e meu pai me presenteou com um livro chamado “Rosinha Chinesa” que nada mais era que uma versão oriental da cinderela... Eu queria morar naquele navio. No início da adolescência: Pollyana, Christiane F, Coleção Vaga-Lume com os enigmas de Marcos Rey, daí cismei que ia...