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Idéia

Trago uma idéia nova Nem fresca, nem morna Absoluta Como absoluto reina o sol no cosmos Somos tão frágeis, meu bem Tão ternos e frágeis Como os filhos do sol Temos a doçura dos versos de Quintana Anotados em minha agenda de adolescente A filosófica reflexão de um verso de Drummond Não andemos mais com tanta pressa Já não somos tão jovens Veja só o viço em minha pele sumiu As rugas denunciam o tempo As dores nas fibras já não permitem o vigor da velocidade Vamos com calma Sejamos como os amantes da lua cheia Contemplemos a vida Como as carolas na janela Veja como zumbem as cigarras Na noite do tempo Olha só o ballet dos insetos em volta da lamparina A minha idéia era contemplarmos as estrelas Enquanto brilham já morreram E seu brilho dura mais que  a força de uma noite. Alyne Costa, 28.11.19
Prece Que a pedreira de Xangô seja alicerse para os meus passos Que Ogun Catendê cubra a minha cara de vergonha perante tanto roubo e injustiça Que  eu continue fonte fértil e caridosa Que  eu seeja verbo que flua perante as angústias que me levam ao caos Que minha mãe Oxum continue me lavando nas cachoeiras da vida Que o leite da minha mãe Dolores me tragam a força da raça negra E me isentem dee todo mal E que me devolva o riso claro da infância feliz nos colos de meus avós Que Oxóssi proteja as matas e saalve todos os caboclos! Que eu seja fonte de riso alegre e jamais de dor. Que os falsos desapareçam da minhaa frente e fronte com os bolsos cheios do vil metal. Que os honestos continuem chegando com olhos cheios de amor. Que a minha poesia seja fonte de acesso à Justiça. Que minhas lágrimas vertaam por gente da estirpe de Môa do Katendê. E, que se eu nãao puder chorar, que a minha voz grite! E que todas as pombas giras deevolvam à altura o mal que quiseram ...

Resistência

Perdiida no meu silêncio Me cubro numa colcha de reetalhos Sou mulher pacata E no meu ventre O embrião da poesia se revela em sete faces Sou uma mulher despida sob relâmpagos do caos Sou a dama da noite e seu perfume floral Sou pomba gira atrevida eem mil feitiços de amor Sou um cão vadio, um vôo do conddor E  enquanto eu suspiro fagulhas do absurddo Chega a noite fria com morcegos desenhanndo os castelos E se me  atrevo a gritar A morddaça anfitriã me traz o nada Meus gritos não são ouvidos São escondidos pela rua afora A língua do vizinho é uma navalha Cortaa mentirosaaa a história qque tenta esquecer Mas eu não ligo Eu passo um trote Eu vou de galope até o pasto Os potros me devoram E eu sou a bailaarina  com asas Vôo peela Avenida Centeenárrio Desço  a Contorno de patinete Sou poeta e pinto o sete E para deixar de clemênccia Eu sou Resistência Alyne Costa, 6-08-19

O Lugar que me encontro

O lugar que me encontro é pleno de silêncio. É um lugar do não julgar, do não temer. Apenas aguardo a verdade vir à tona. A maledicência   e  a fofoca atraem  entidades espirituais terríveis. Ocorre que os seres de luz não abandonam as pessoas de bem. Os olhos de Deus tudo vêem. Eu meditto,   eu respiro, eu reelaxo. Eu leio um salmo. Eu aaceenddo um incenso e aguardo  a dor passar no meu aconchego. Eu não julgo, eu não condeno e aapeeenas falo com a espiriituaalidade. Nesse lugar eu sinto qque os versoos   ee a poesia não podem sumir. Elas esstãao passo a passo comigo. É o alimenttto da alma que chora. Ser honesto não é sinônimo de serrr idiota. SEr honesto é estar em paz consigo mesmo  e com Deus. É tomaar um banho de chuva com os caaabeelos ao vennto. A minha solidão me salva O abandono é perddoado E aqqqui... Sozinha no meeu lugaar eu veenjo um anjo ccom uma espada     azul Eu ouço o silênccio e ele é ...