Desapego Esse mundo entre o que podia ter sido e o que é É a forma avessa dos meus sonhos que me habita Nada levei Nada busquei além da total doação De todos os meus sentidos incontidos Talvez seja essa forma de amar ultrapassada que feito sapato já não me serve mais Resta apenas no cadeado uma dúvida: O que fazer com o que senti? Coração de gente é terra que ninguém passeia Coração de gente é feito labirinto na aldeia... Resta uma porta que não mais voltará a se abrir. Resta a pintura emoldurada do sentimento Que lancei numa plataforma de desapego. Alyne Costa, 15.12.24
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Há dias que deveria chover, mas não chove... Dias em que amanhecemos nublados... E que as ternuras apagadas pelas indelicadezas se escondem como brotos. Dias que devíamos nos dedicar a saudade, luto, lágrimas... Não podemos mudar ninguém. Somente lapidar nosso diamante interno porque o nosso amor é capaz de nos reconstruir sempre. E a gente tem dentro da gente uma força enorme que emerge face às injustiças do mundo. A gente muda de rota, troca de roupa, toma uma ducha, dá um mimo pro pet e segue feliz porque a nossa felicidade interior e a nossa capacidade de reconstruir permanecem intactas. Essa tal felicidade mora nas coisas mais simples do mundo, que passam despercebidas. No beija-flor que se aproxima de nós, no bem-te-vi que nos acorda e nas borboletas que nos acompanha nos caminhos matutinos. E a gente pisa no chão da vida com muita calma pra não espantar o amor de quem ainda não amadureceu
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Filtros Recomendados Ainda que alguns maldigam a vida e não tenham nenhuma espécie de fé ou ternura, ainda habita em mim algum grau de esperança. Esperança numa espécie de gente que abençoe o nascer do dia e o pôr do sol. Que já viveu o suficiente para saber que nada é para sempre e que a brevidade da vida requer exames de consciência e mudança de atitude posto que nos bailes da vida, as vezes dança-se uma valsa e as vezes um rock. Um dia me disseram que apenas o que sofreram demais, os que se indignam perante mentiras e injustiças são capazes de fazer arte. Há tempos perdi esperança na justiça dos homens (sem dúvidas, não estou só nessa peleja). Sinto uma absurda necessidade de estar só, para rabiscar meus poemas, e transmutar minhas dores em algo que somente quem sente entende. Vivemos num mundo absurdo de consumo desenfreado. Enquanto a Terra derrete e leva junto a ética e o Amor. Enquanto as pessoas precisam de aprovação de outras pessoas, reféns da aprovaçã...