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Lilia e a Patinete Rosa Choque

Lilia voava porque andar demorava Lilia sorria porque a vida também é alegria Lilia pintava o 1, o 3, o 4 e o 7 Lilia voava de patinete Lilia tinha medo era de levar um cocre Lilia viajou pelo mundo Em seu patinete rosa choque. Alyne Costa, 25/05/2025

O Silêncio

 Talvez eu estava em silêncio  Quando falava ao vento  Mas volta e meia o dragão voltava e zombava da minha fraqueza  Vociferava a sua maldade e a sua torpeza como se quisesse domar em mim a ausência dos seus sonhos E o menino se fez monstro e me cercava com gritos ora de desdém, ora de ódio  E a musa dos seus devaneios lhe oferecia a distância  E eu assistia e mais nada falava  Porque para quem nada foi fácil O coração desaprendeu a amar. Alyne Costa, maio 

Ciclo

 Amo em ciclos que se fecham  Enquanto pela janela aberta o vento soterra as lágrimas que insistem em não cair  E lágrimas não caem por erros  Muitas vezes elas debruçam-se pelo que mão foi vivido ou dividido  Pelo que foi adiado e não foi sentido  Escolhas não são meu forte Desenho um beija-flor que alivia minhas falhas A poesia e a solidão não me bastam  Quero asas pois já não tenho tempo! Alyne Costa, 4/05/2025
 Talvez não seja amor E baste um banho quente com sabonete cheiroso  Depois preparar uma sopa de abóbora com bastante coentro  Talvez saudade de uma voz do outro lado da linha  Um frio na espinha  Talvez basta um cobertor  E a gente, meio carente, já pensa que é amor Talvez seja a noite escura, o papel, a caneta, um café Mas só pra sentir esse aroma de delícia E a gente já sabe que dura Talvez seja amor esse pão recheado de ternura. Alyne Costa, 2/05/2025