O Silêncio

 Talvez eu estava em silêncio 

Quando falava ao vento 

Mas volta e meia o dragão voltava e zombava da minha fraqueza 

Vociferava a sua maldade e a sua torpeza como se quisesse domar em mim a ausência dos seus sonhos

E o menino se fez monstro e me cercava com gritos ora de desdém, ora de ódio 

E a musa dos seus devaneios lhe oferecia a distância 

E eu assistia e mais nada falava 

Porque para quem nada foi fácil

O coração desaprendeu a amar.

Alyne Costa, maio 

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