Lágrima Noturna
Aprendi que viver é urgente
E que das coisas mais certas vale muito mais um caminhar
Caminho sempre e revejo pessoas
E meu passo não se faz sozinho
Mora nas minhas ternuras
Há dentro de mim ainda um recheio de esperança
Que habita a minha poesia e dança
Dança com os mendigos malditos
Com os órfãos aflitos
Dança na solidão das minhas noites insone
Dança na arrogância da moça infeliz
Dança na esquina com pose de bailarina
E existe até uma beleza nas despedidas
A gente nunca sabe onde está o ponto final.
E enquanto o galo não canta, sobra uma lágrima na garganta.
Uma lágrima pelos que não aprenderam a amar.
Alyne Costa
Comments