Thursday, November 30, 2006

Saudade e banzo


Saudade aqui enraizando num canto qualquer da alma....
Traumas de Roberto Carlos na voz de Rodrigo Amarante rolando em mp3...
Quanta modernidade e quanta saudade.
Saudade é assim...
Reencontro em sonhos, remendos no coração e a gente que é meio mambembe e meio capela fica assim falando mudo sem que ninguém nos escute.
A gente que pensa que não.
Já disse e repito: palavra tem poder!
Imagina a dinastia que não gera um sentimento...
Amor novo na área, se derrubar é gol.
Sempre fui boa na pequena área...
Garrinha, Zico, Romário: futebol arte - faz parte! – e a gente fica assim com a bola dividida entre a estrutura e a fundação, o criado e o porvir, o edificado e o acabamento.
Bom e eu que hoje ia falar de ciúme acabei falando de saudade. Ciúme é ter perto e pensar que não tem... Já a saudade é saber que tem e saber que o tido não está contido, por estar distante, mais além...
O tido está no infinito... Ou no que estar por vir; saudade é cheia de esperança... É assim...
Tem gente que sente saudade da casa que morou, de quem abandonou um gueto qualquer, de quem morreu, surtou, escafedeu, saudade de cantor ausente da mídia, da Lídia Brondi, do BBB quando não está no ar, dos livros que leu, da canção que ouviu, da boca que beijou, do coração que partiu!
Saudade não tem idioma, tem aroma; você sente o cheiro e lembra de um lugar... Da casinha de bonecas, da cartilha, da pró da segunda série, do primeiro namorado.
Saudade é assim: uma ausência indefinida, temporariamente inconstante e sem dialeto.
Já o banzo é metafísico e muito, muito mais profundo.

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