Wednesday, April 25, 2007

Até os "camelos" precisam de água....

By Rodrigo Amarante



O Los Hermanos anunciou um período de trégua.
Ou seja, um período de relax.
Alguns alardeiam a separação do grupo. Rumores...
Inicialmente devo aqui lembrar que nenhuma união é indissolúvel.
Convivência é isso mesmo, nos suportamos uns aos outros até determinado tempo ou limite e isto não significa necessariamente desavença, falta de amor ou afeto. As vezes a separação surge para que os sentimentos sobrevivam.
Quem esteve cara a cara com o diabo que habita a alma do irmão que o diga.
Os mais doces bárbaros seguiram suas respectivas vidas e a relação permaneceu mais doce que bárbara, pelo menos ao que vemos e eles não precisam dissimular.
Ninguém é obrigado a conviver ao limite da saturação. Relações saturadas são como aquelas coisinhas sem razão que colocamos no carrinho do supermecado.
Gente não é chiclete, nem aparelho de barbear em promoção.
Gente tem sabor sim, mas tem alma, mania, vício, neurose, nóias mis e vontades nem sempre convergentes.
Se a relação já deu, tchau.
Se dentro da relaçaõ havia criação ai é que não dá mesmo, nasce uma babel e até se tentar construir, desaba.Se conviver já é difícil, a sublime arte de criar é um natimorto.
Ninguém vai me convencer que o motivo foram cifras. Du-vi-de-o-dó.
Digo e repito, depois da Legião Urbana foi a melhor banda que esta nação pariu nas duas últimas décadas.
E ai um cara estranho olhou a flor, em plena primavera, embora o vencedor seja ao fundo um vento sentimental.
O artista precisa parar quando beira a perfeição.
É preciso crise, rupturas, ser virado ao avesso pela vida, triturado pelos antagonismos do destino para que a arte seja sempre aquela que tangencia a perfeição.
Aquela que busca, que bate na porta e a porta não abre, que esmurra a porta e os vizinhos acorda, que arromba a porta e a polícia leva.
A arte nunca foi santa. Nem feita de eterno sol. A nasce abre-se no obscuro dos ocasos, nas sobras de nossas almas e nas chagas de uma peregrinação em torno do que somos e do que propomos.
Eu me descobri jardim e andei cortando ervas daninhas que com seus mimetismos e clonagens nada inobservadas, me furtavam a delícia de estar em flor, à flor da pele.
E o pior, a minha singularidade. O tesouro das idéias que brotaram aqui deste peito por muito sofrimento, muita dor, muito cai e levanta. Sai pra lá, sugar o fruto do meu sofrer. Ai não, violão. "A dor é minha e de mais ninguém..."
Aprendam com suas próprias dores, elas não são grilhões, são, antes, aprendizado.
Que Los Hermanos prossigam: Hermanos.
Em coisa ruim não vai dar.
Agora uma musiquinha:

Adeus Você
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo


Adeus você

Eu hoje vou pro lado de lá

Eu tô levando tudo de mim

Que é pra não ter razão pra chorar

Vê se te alimenta

E não pensa que eu fui por não te amar

Cuida do teu

Pra que ninguém te jogue no chão

Procure dividir-se em alguém

Procure-me em qualquer confusão

Levanta e te sustenta

E não pensa que eu fui por não te amar

Quero ver você maior, meu bem

Pra que minha vida siga adiante

Adeus você

Não venha mais me negacear

Teu choro não me faz desistir

Teu riso não me faz reclinar

Acalma essa tormenta

E se agüenta, que eu vou pro meu lugar

É bom...Às vezes se perder

Sem ter porque

Sem ter razão

É um dom...

Saber envaidecer

Por si

Saber mudar de tom

Quero não saber de cor, também

Pra que minha vida siga adiante



ADIANTE!!!
Alyne Costa
Brumdo, 25 de Abril de 2007

2 comments:

Anonymous said...

dos canfundó do maranhão a gente vai escracaviando palavras desalembradas que é pra ressuscitar o doce pronunciar dos ancestrais sábios...
OBRIGADA PELA VISITA NO RANCHINHO.

xerim nos zóio!!

Lilia

Francisco A. Gomes said...

Olá..
FAZIA UM TEMPO QUE NÃO PASSAVA POR AQUI...
Eu criei um blog...e adicionei o seu blog no meu...coloquei como "Blog da Aline"
Abraço menina.. =D