Entre hortências e pés de café
Sonho virar parteira
E as raízes que sugam o néctar do solo me sussurram segredos antigos
Que no coração da natureza tanto faz bicho ou gente
Flor ou semente
Beija-flores rodopiam
E entre um ou outro ninho de passarinho
Um vaga lume percorre a noite sozinho
Sinto cheiro de vida
E uma brisa leve acalanta qualquer receio
Aprendo manha de serpente
E a mata ganha forma de gente
Já nada mais sou que parte deste ciclo da vida
Vida campesina possível e real
E a mão do poeta colhe as hortaliças viçosas
A mão da poeta prepara um café
E tudo passa a ter um sentido que a mente não compreende
Porque nem tudo é passível de compreensão
Basta os sinais lidos pelo coração
Que atravessa a mata e escala as montanhas
Que rocha, bicho, água, flores e ervas dão a lição
Terra Mater, mãe da vida
Da flora e fauna, da gente oprimida.
Mãe de acalanto profundo.
De respeito à natureza e ao mundo.
Sonho virar parteira
E as raízes que sugam o néctar do solo me sussurram segredos antigos
Que no coração da natureza tanto faz bicho ou gente
Flor ou semente
Beija-flores rodopiam
E entre um ou outro ninho de passarinho
Um vaga lume percorre a noite sozinho
Sinto cheiro de vida
E uma brisa leve acalanta qualquer receio
Aprendo manha de serpente
E a mata ganha forma de gente
Já nada mais sou que parte deste ciclo da vida
Vida campesina possível e real
E a mão do poeta colhe as hortaliças viçosas
A mão da poeta prepara um café
E tudo passa a ter um sentido que a mente não compreende
Porque nem tudo é passível de compreensão
Basta os sinais lidos pelo coração
Que atravessa a mata e escala as montanhas
Que rocha, bicho, água, flores e ervas dão a lição
Terra Mater, mãe da vida
Da flora e fauna, da gente oprimida.
Mãe de acalanto profundo.
De respeito à natureza e ao mundo.
Alyne Costa
Maio de 2009
Para Dato e Telma
3 comments:
Alyne, minha querida!
Esse poema mexeu com o cafundó da minha mente... foi bem lá nas minhas mais íntimas lembranças... nostalgia de uma vida que hoje desconheço...
Ai, como dói a saudade do barulho do pilão moendo o café pra gente tomar durante os meses...
Como me falta o cheiro fresco do jasmin na beira do rio... e o galo anunciando o dia que chegava...
Como me faltam minha mãe, meu pai, meu irmão mais novo...
Como me falta a mim mesmo...
Obrigado pelas lembranças!
Abraços ternos,
Clédson
Lindo, alegre, vivo!
Alyne, ecológicamente poético, em tempos de devastação e desmatamentos, flora, fauna, bichos,soam e cheiram bem, beijo.
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