Posts

Showing posts from October, 2011

Mosaico

Image
Pieta Penso em traduzir sentimentos. Dores, silêncios, lamentos... A vida? Desenho a giz. Trago uma caderneta de aprendiz. E assim me refaço. Trago novas rugas num sótão de ausência. Não quero regras. Um catavento como referência. Menos cismas e mais paciência. Um bem-te-vi me acorda todas as manhãs. Sem que eu perceba, meu coração se abre em festa. Aparo as arestas. Colo-me em mosaico de tons pastéis. Intensa, me agarro nos momentos. Guardo frases de recordação. Um mapa mundi na palma da mão. Por vezes navego na contramão do previsível. E cochilo à sombra do irremediável. Do sem costume. Do sem jeito. Do bem que sinto e guardo no meu peito. Que se extravasa na amplidão do mar. Alyne Costa

O Amor Sem Bordas

Image
E eu aprendi a amar um amor sem bordas. E tenho a sensação estranha de que eu não deva desistir. Absurdo ver o amor derramando numa imensa vontade de ser una. Una com essa manhã cinza de um frio fora de tempo. Una com essa vontade de ter a pele dele. ( O absurdo é tão somente o que não aceita um desafio? É apenas aceitar a regra imposta? Como se o dito fosse um rito... O absurdo é não poder mais amar; ) Una com uma vivência mais natural. Una com toda a natureza, com a paz e com a autenticidade de reagir. ( Mas ele é apenas um menino de 21 anos que eu aprendi a amar loucamente, amar cada suspiro dele e cada minuto dessa ausência insana. ). Não há coerência na paixão. Eis sua razão de ser. Mas no amor tudo é coerência, tudo é de uma harmonia sublime. O amor sem bordas sabe não ter rumo certo, sua coerência está na imprecisão, mas ainda assim ele é fértil, manso, quase caipira. E de tão frágil e ao mesmo tempo intenso, vai construindo teias. Relendo antigos versos. Ouvindo as canções mais...

Eu sei...

Image
Tava querendo brincar de brincadinho..... Eu, assim, de amor assustadinho... De saci pererê, Eu atrás de você! De mula-sem-cabeça: Você quando der, apareça! Mas vc resolveu morar em meus lençóis. Formar em minha mente uns nós! E eu que sou gente que sente, Gente, sabe, assim, meio diferente... Resolvi fugir dos seus laços. Guardando horas pros teus abraços. Eu: Guardo um mundo pra ti! Eu que sou o seu bem-te-vi! Que sempre sobrevivi! Que nunca de amor morri... E você me leva pra Pós... Eu meto isca nos anzóis... Eu arremato o algoz. Sou fera e caçador. Sou fêmea pra toda dor. Eu sei parir sem chorar. Eu sei sorrir sem flutuar. Eu sei amar sem chorar. Sim... Eu sei! Alyne Costa, 8/10/11