Nova Manhã

O meu verso não se veste em solidão Dança ciranda com tantos outros Parece ter agora acordado Mas apenas estava preso a velhos grilhões Agora berra num desfile cívico Onde se ouve o grito de seus irmãos O meu verso não passeia na praça Não teme ser calado à força Nem a forca, nem a escravidão O meu verso sente fome e frio Pega filas, respeita o sinal Percorre por grandes avenidas Mas não está perdido Paga imposto E ouve o alarido da multidão O meu verso é uma criança que brinca E brinda a esperança de uma nova manhã. Alyne Costa 29/06/2013