Outono em Mim
O outono me nubla Espero cair a madrugada Tenho medo da morte E até tenho sorte Gosto de sorrisos discretos E o outono me silencia O vento me acaricia E eu procuro uma cadeira de balanço Já não tenho tempo para asperezas Quero a suavidade do meu roupão E um sabonete novo O outono me prende no porão E fujo na ponta dos pés Sinto sua presença Hipertensa O outono mede minha pressão E eu sigo Na contramão Alyne Costa 29/05/114