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Showing posts from February, 2023
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  A cadeira de Van Gogh - 1888 Manhã de Domingo Por um tempo havia em minha sala uma réplica de Os Girassóis de Van Gogh que morava ao lado de uma fotografia de Sebastião Salgado do MST, com uma mulher com um filho no colo e outro segurado na barra de sua saia, enquanto seu braço direito estava erguido na posição de luta. A temporalidade da vida rabisca tudo e os girassóis também se desbotam, como tudo vai ganhando novas nuances... A idade que chega para o ser humano também chega para objetos, idéias e movimentos. Sentimentos também perdem a cor com o tempo. Lembro da frase de minha amiga Ró: Todo mundo tem 15 anos em algum lugar do coração. A arte tem um condão de nos mover e comover em diferentes direções, infância e adolescência, eu gosto de dividir detalhes e me disseram que isso era bom pra conviver, mas não, não caí nessa cantada, caí foi num golpe. Águas passadas não movem moinhos, a não ser que você veja e reveja mil vezes uma cena de cinema, ouça uma canção que t...
Um verso Per-verso Que sinto - voando feito borboleta No meu labirinto. Alyne Costa, 25/02/23
  Fim de Carnaval O primeiro carnaval do resto de nossas vidas vai se findando... Os olhos passeiam pelas versões digitais dos principais jornais, sim, menos violento máxime se nos atentarmos que estava todo mundo com energia presa, doido pra soltar a franga. Ai, Jesus, uma expressão homofóbica...   É uma unanimidade o Carnaval de Salvador é uma festa alegre, tanto que todo mundo corre pra cá e quer beijar, dançar, pular e ser feliz, eu fiquei na cocó mesmo, ia pra mudança se não tivesse caído o cacau na manhã em que me preparei pra sair. Já no furdunço, o único dia que aventurei sair, falei pra um velho amigo que fica circulando que se eu não o encontrasse havia algo errado na Bahia (de hooooje! Né?). Ninguém sabe onde ninguém tá, quem viajou e já voltou, quem ficou e nem quem ficou com quem. Eita, caindo de novo um toró aqui e hoje tem pipoca, vai chovendo mesmo... Françoise Hardy num volume modo não perturbador... Lendo Quintana depois de cozinhar alguma coisa...

Poema Sem Nenhuma Importancia

 Que importa a simplicidade dos meus versos? Um pouco das minhas indelicadezas. Se deixo ou tiro o bigodinho chinês - a gosto do freguês? Que importa se não grito aos quatro cantos meu amor? Tu bem o sabes. Tu conheces bem os meus suspiros e o sal das minhas lágrimas na madrugada estridente? Que importa um não entender de todas as coisas se todos os meus versos não são secretos? E, saiba, plenamente, saiba, todos eles falam do meu amor. Para meu filho Victor.