Sunday, August 06, 2023

 

Às vezes o dia tem gosto de saudade de um tempo, um pequeno momento...

E a gente fica fina flor de sentimento.

Sentimentos muitas vezes transformam-se em ausências, algumas doloridas e outras refrescantes.

Um texto desses que circulam nas redes trata de “quando a casa dos avós se fecham”.

Quando perdemos nossos avós perdemos uma boa parte de nossa esperança.

Saudade tem recheio de goiabada cascão e a gente teima em sonhar na contramão.

A gente tem certeza do dedo de Deus em muitas coisas e em momentos, por sermos humanos e imperfeitos, não conseguimos ser leves e falhamos. Outras falham com a gente e, ou vem o perdão ou o esquecimento.

Porque lembrança tem que ser boa. A alma sorri com as lembranças boas, aquele abraço sincero, aquele sorriso cúmplice, a indignação no olhar que u amigo entende e acolhe outro amigo.

Lembrança é quase compaixão, quando nos encontramos com um pedaço de nós mesmos que não se perdeu no emaranhado do tempo.

E uma musiquinha toca leve como um violino.

E a gente pensa que no silencio talvez more a voz de Deus ou a nossa voz pedindo um pouco de paz.

Paz de criança que cansa na dança do vento e por um momento brincou de ser aprendiz.

 

Alyne Costa, 06/08/23

 

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