Às vezes o dia tem gosto de saudade de um tempo, um pequeno
momento...
E a gente fica fina flor de sentimento.
Sentimentos muitas vezes transformam-se em ausências,
algumas doloridas e outras refrescantes.
Um texto desses que circulam nas redes trata de “quando a
casa dos avós se fecham”.
Quando perdemos nossos avós perdemos uma boa parte de nossa
esperança.
Saudade tem recheio de goiabada cascão e a gente teima em
sonhar na contramão.
A gente tem certeza do dedo de Deus em muitas coisas e em
momentos, por sermos humanos e imperfeitos, não conseguimos ser leves e
falhamos. Outras falham com a gente e, ou vem o perdão ou o esquecimento.
Porque lembrança tem que ser boa. A alma sorri com as
lembranças boas, aquele abraço sincero, aquele sorriso cúmplice, a indignação
no olhar que u amigo entende e acolhe outro amigo.
Lembrança é quase compaixão, quando nos encontramos com um
pedaço de nós mesmos que não se perdeu no emaranhado do tempo.
E uma musiquinha toca leve como um violino.
E a gente pensa que no silencio talvez more a voz de Deus ou
a nossa voz pedindo um pouco de paz.
Paz de criança que cansa na dança do vento e por um momento
brincou de ser aprendiz.
Alyne Costa, 06/08/23
Comments