Mulher é bicho esquisito? Mas porque às vezes ela se cala?
Dia 8 de março é o dia internacional da mulher, assim é
desde declarado na década de 1970.
54 anos depois, o que mudou?
Bem, há 54 anos a luta inicial das mulheres era equiparação
salarial aos homens, será que conquistamos isso?
Muitas batalhas foram travadas, tivemos o advento da Lei
Maria da Penha (mas a violência contra a mulher diminiu?), surgiu a internet e
a Lei Carolina Dieckman, enfim tantas leis, novos tipos de violência passaram a
ser penalizadas como a psicológica e a patrimonial.
“Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra e nem só de cama
vive a mulher...” Já cantava a saudosa Rita Lee. Muita coisa mudou, a mulher
ocupou seu espaço na sociedade e empoderou-se, hoje falamos em empreendorismo e
a mulher negra há tempos abandonou a chapinha e faz questão de dividir a conta.
Mas e a chamada rede de apoio às mulheres vítimas de
violência existe de fato? E quando se mistura política, religião e otras cositas
mas?
Marielle Franco, Mãe Bernadete e Sara Mariano? Seria de bom
tom reconhecermos que ser feminista é um ato de coragem, mas a mulher precisa –
e muito – de amparo social, econômico porque a violência contra a mulher tem
crescido assustadoramente e não dá trégua.
Cada vez mais somos bichos esquisitos, nevadas, trançadas,
tripudiadas e isso ocorre muito mais nas camadas menos visíveis e sem acesso à
informação.
Outro fator a ser considerado é o aumento do alcoolismo na
população feminina, hoje até em bares e festas populares é comum vermos rixas
de mulheres.
Será que o desejo de igualdade de tratamento em relação aos homens se confunde
com o de não aceitação das nossas diferenças?
Na dúvida, não provoque... Na dúvida atravesse na faixa, na
dúvida grite, na dúvida ligue 180, porém sua vida depois de um murro ou um
tapa, um golpe ou a indiferença de outras mulheres, jamais será a mesma.
Alyne Costa, 02/03/2024
Comments