Saturday, March 02, 2024

 

Mulher é bicho esquisito? Mas porque às vezes ela se cala?

Dia 8 de março é o dia internacional da mulher, assim é desde declarado na década de 1970.

54 anos depois, o que mudou?

Bem, há 54 anos a luta inicial das mulheres era equiparação salarial aos homens, será que conquistamos isso?

Muitas batalhas foram travadas, tivemos o advento da Lei Maria da Penha (mas a violência contra a mulher diminiu?), surgiu a internet e a Lei Carolina Dieckman, enfim tantas leis, novos tipos de violência passaram a ser penalizadas como a psicológica e a patrimonial.

“Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra e nem só de cama vive a mulher...” Já cantava a saudosa Rita Lee. Muita coisa mudou, a mulher ocupou seu espaço na sociedade e empoderou-se, hoje falamos em empreendorismo e a mulher negra há tempos abandonou a chapinha e faz questão de dividir a conta.

Mas e a chamada rede de apoio às mulheres vítimas de violência existe de fato? E quando se mistura política, religião e otras cositas mas?

Marielle Franco, Mãe Bernadete e Sara Mariano? Seria de bom tom reconhecermos que ser feminista é um ato de coragem, mas a mulher precisa – e muito – de amparo social, econômico porque a violência contra a mulher tem crescido assustadoramente e não dá trégua.

Cada vez mais somos bichos esquisitos, nevadas, trançadas, tripudiadas e isso ocorre muito mais nas camadas menos visíveis e sem acesso à informação.

Outro fator a ser considerado é o aumento do alcoolismo na população feminina, hoje até em bares e festas populares é comum vermos rixas de mulheres.

Será que o desejo de igualdade  de tratamento em relação aos homens se confunde com o de não aceitação das nossas diferenças?

Na dúvida, não provoque... Na dúvida atravesse na faixa, na dúvida grite, na dúvida ligue 180, porém sua vida depois de um murro ou um tapa, um golpe ou a indiferença de outras mulheres, jamais será a mesma.

Alyne Costa, 02/03/2024

 

 

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