Thursday, September 06, 2007

Vendaval

Meninas do Paquistão



Cores estranhas num telefonema.
O sabor amargo na alma que chora.
O sabor do medo que no sonho queima...

Cores da vida em amarelo gema.
O sonho que chega a cada nova aurora.
O sonho da seção da tarde ser cinema...

A doçura de um filme de Carlitos.
O aroma de versos soltos num varal.
A dor abortada em infinitos gritos.
A infância renascida em fruta de quintal.

A solidão que aprende novos ritos.
A esperança dança em voltas num pombal.
A resignada obediência a mitos.
A sábia serenidade abranda o vendaval.


Alyne Costa
Brumado, 06 de setembro de 2007

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