Tentei agarrá-la pelas mãos,
Escorreu-me entre os dedos.
Tentei bebê-la em doses homeopaticas,a conta-gotas...
Dosada.
Fatou-me os efeitos colaterais.
Enfrente-a só...
Fez falta a dádiva maior,
Dividí-la.
Decidi a ela doar-me sem precaucoes.
Rendida.
Sobrei-me inteira e fértil.
Amei o mistério impalpável,
Vida!
Orgasmo infinito.
E quero-te assim.
Com perigos e riscos.
Em total desassossego.
Alyne Costa
setembro;2009
1 comment:
Forte, belo e profundo. Como não sou crítico de arte, vejo pelos sentimentos. E acho que tua poesia é tão carregada de vida que é frágil, carrega mais energia do que seu corpo aguenta. Quem escolhe ver muito, vive em velocidade absoluta. E faz pulsar a vida.
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