Saturday, February 12, 2022

Para gostar de ler

 Enquanto o pequeno infante, repousa no jardim de Odin eu viajo para tempos distantes. Procuro saber de onde veio essa paixão por ouvir e contar histórias. Talvez das histórias que me contavam quando eu ia dormir. Sejam elas do rico imaginário popular ou das de Pedro Malasarte, dos irmãos Grimm, do Rouxinol que meu pai contava com seu entusiasmo peculiar.

Depois vieram os disquinhos, os livros, Pequerrucha e A galinha Quiquita que contava a história de uma galinha que tudo se esquecia e quando a mãe lhe perguntava aonde estava as coisas ela respondia: -Ah, mãe, eu me esqueci! Isso bastou pra minha mãezinha me botar a alcunha de Quiquita, toda vez que eu me esquecia alguma coisa.

Depois veio a fase biblioteca, livros folclóricos com lendas indígenas, africanas, depois a fase da Coleção Para Gostar de Ler e Vagalume, Christiane F, Agatha Christie, Sidney Sheldon e as primeiras viagens poéticas: Cecília Meirelles em Ou isto ou Aquilo.

Livros, livros, livros e mais livros. Jornais. Revistas. Bula de remédio.

E os professores, ah, professores e professoras. Podia escrever um livro sobre tantos, mas vou me ater aos que agora me veem à mente, Lucinha, Gessy, Lúcia, Hildemária, Emília, Joquinha, Gorda, Ângela, Araceli, Fofão, Dilza
e duas pessoas: Sibele e Madalena.

Sibele era uma mulher belíssima, silhueta de manequim, não sei onde está, mas a gente tinha uma forma toda especial de se comunicar e Madalena, meu Deus, que me perdoem os pobres mortais, ter sido aluna de Madalena Ferreira é outro departamento.

Alyne Costa, 12/02/2022 Desenho: Victor Costa Amorim

 

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