Eu hoje podia escrever sobre todas as coisas tristes que
tenho visto, presenciado e sentido, mas eu escolhi me vestir de plumas como uma
ave que sobrevoa as adversidades e paira serena, aceitando a ajuda dos afetos
sinceros reiniciando.
Na vida, inúmeras vezes, pessoas são como roupas que não nos
cabem mais, sapatos que causam calos na alma e nem sempre temos como dizer o
que significou, agradecer pelos momentos compartilhados, pelo aprendizado,
afinal, vida é, acima de tudo, aprendizado.
E vamos tocando a vila, tocando o barco, tocando a viola...
E, de repente, surgem novos caminhos, novos rumos, novos
olhares, novos amores e o coração que estava triste sorri.
Sorri, porque essa passagem é muito breve pra tanto
machucado.
E a música insistente toca em nossos ouvidos, renitentes e
estridentes, com a força do jovem provocativo que sonha que tem à sua
disposição todo o tempo do mundo.
Acontece que até as crianças viram velhos e me pergunto:
Para que tudo isso?
Para dizer apenas que ninguém tem fórmula mágica para
problemas alheios e que a felicidade é uma questão de escolha. Eu escolho ser
feliz!
Alyne Costa, 24-05-27
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