Saturday, April 13, 2024

 

A solidão compõe a minha face e ela me é genuinamente necessária como a água ao sedento.

Pessoas passearam por minha vida e traçaram seus desenhos com tintas do absurdo.

Algumas me fizeram felizes, outras apenas se divertiram.

Não sei se já amei, também não sei se o amor existe.

Decerto, minha alma esfarrapada não precise mais dessas ilusões.

A morte que a cada dia é mais próxima me é um íntimo mistério e como morre-se nesses dias.

As gavetas que tento arrumar denunciam fraudes e mentiras...

O absurdo do mais incrível mora nas gavetas das almas dos que heroicamente mentem.

Teses, antíteses, enredos, emaranhados de medos e mentiras.

Queria ter força, sorrir, acreditar...

Meus olhos marejam saudades da minha inocência.

Os ébrios das madrugadas sobrevivem...

Só minhas pequenas flores morreram.

 

Alyne Costa, 13/04/2024

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