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Showing posts from June, 2024
  Adélia, a mulher que Drummond presenteou o mundo... Ontem soube da notícia da premiação do prêmio Camões pela mulher brasileira, mineira de Divinópolis, Adélia Prado. Adélia em sua poesia transmuta o mundo. Uma tarde, sentada num café, após o trabalho, li de um gole só seu livro Bagagens. Antes eu só conhecia a poesia de Adélia por seus textos publicados no Jornal da Poesia e, nossa, Adélia é uma centelha divina sobre a face da Terra. Sua poesia nos pincela a alma. Drummond, o gauche, revelou Adélia ao mundo. Certa ocasião, quando lancei 29 Fragmentos, mandei um exemplar à minha professora de Literarura do então 2º grau, Madalena Ferreira, através de minha tia Valda, a pró Valdinha de muitos de vocês. Eu, muito envergonhada, porque sou tímida de doer, não tive como agradecer a Madalena de quem fui monitora no 3º ano por tanto e talvez, porque a vida é muito curta, não tenha a oportunidade de dizer o quanto ela foi importante na minha vida e na de tantos outros sensíveis,
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  Do Jasmim ao Alecrim   Que todo amor Brote feito flor Com aroma e com sabor De paz como o Jasmim Perfumado como Alecrim.   Alyne Costa, 26/06/2024
Passional   Sou bicho do mato Quando cismo, minha alma entra em rebuliço Tenho angústias intraduzíveis Tenho coisas demais, mas não amo coisas Não quero excessos, nem sobras Quero a partilha do trigo Sei amar e me entrego por inteira, toda alma e coração Recomeçar quantas vezes for preciso A vida nos traz lutas e alguns momentos de paz... Mundo em guerra, em caos, em dor... Quero falar de amor Como se ora Porque em   tempo de guerra (são tantas e de tão diferentes montantes) Só ele Só o Amor é Sagrado.   Alyne Costa, 24/06/2024    
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  Gerânios Repare bem que as flores trazem sentimento Vivem cada qual o seu tempo Cada uma o próprio momento Representando a vida Uma partida Um novo amor Um alívio na dor Tia Afra tinha Gerânios espalhados por toda a casa Era uma coisa que parecia a extensão de sua alma As almofadas bordadas, pareciam habitar contos de fadas... As espreguiçadeiras, a cadeira de balanço... Sua pele alva e seus finos cabelos e aquele perfume gostoso De quem sabia viver...   Alyne Costa, 22/06/2024    
  “O que a vida quer da gente é coragem.” Guimarães Rosa Se a vida fosse uma lagoa calma, que graça teria? O que aprenderíamos com o decurso dos dias? Em Sidarta, Herman Hesse, compara a vida a um rio. Um rio nunca é o mesmo, assim como as marés, mudam incessantemente, a natureza ensina, ensina de diferentes formas, com a chuva que cai, lavando a terra, com o sol que aquece e nos banha de luz, com a lua, em suas múltiplas fases, cada uma nos dando diferentes lições de adaptação. Cataclismas também ensinam, se tivéssemos escutado o cacique Seatle que afirmava que “Tudo que fere a terra, fere os filhos da Terra.”, não estaríamos vivenciando tantos desastres ambientais em esfera mundial. Agora, paciência, temos que nos adaptar, viver cada dia como um novo e ao mesmo tempo o último, posto que a vida é feita de ciclos, os dias nascem e morrem e cada um deles é um ciclo em que precisamos nos doar e criarmos em torno de nós amorosidade e bem querer. Quando eu era criança, meu pai
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  Doidinha por você Quando te vejo me vem frio na barriga Vivo sonhando em ter você perto de mim E no meu sonho tudo é muito mais bonito Dá um frio no umbigo, um baticum no coração Já tem um tempo que te espero em minha vida E esse olhar de algodão doce verde Me deixa zonza e toda siligristida Olha menino eu vou roubar você pra mim Olha menino eu vou roubar você pra mim Olha menino eu vou roubar você pra mim Alyne Costa, 15/06/2024    
  Lara, a filha de Flávio José Hoje cedinho, após abrir o “minutos de sabedoria”, fui presenteada com um vídeo maravilhoso: Lara, filha do meu ídolo Flávio José, na maior simplicidade do mundo e também, na maior das belezuras, de havaianas, tocando sanfona, inicialmente um dos hinos da minha vida: Tareco e Mariola. Postei o vídeo e fui papear com Ana Nery minha amiga que me comentou que as havaianas eram seu “sapato preferido” e é o meu também... A vez mais recente que me encontrei com Ana Nery, já faz alguns anos, fomos almoçar na Cantina da Lua, depois passeamos no Pelourinho e a palhetada fez um calo, Nery me sugeriu comprar havaianas, à época bem baratinhas... Adquirí lá mesmo no Pelô e fomos pro Santo Antonio, eu de havaianas, após Nery comprar seu rapé. Eu, como meu falecido tio Anísio, adoro rapé... Essa minha amiga Ana Nery é muito iluminada e é sempre vibe boa e bom presságio quando ela aparece. Prosseguindo, pense numa moça linda e uma sanfona, mas Sr. Flávio José
  Engraçadinha Eu sou muito engraçada... Uma amiga muito querida, uma que eu amo muito, ri muito de mim, quase tudo que eu falo ela cai na gargalhada das minhas insanidades. Só que eu tô cansada de ser engraçadinha, de ajudar a humanidade e, desculpem, sem esperança. Agora eu aprendi a ser séria. Alyne Costa, 12/06/2024
  O dia em que perdi meu filho Foi o dia mais triste da minha vida. Foi ontem cedo. Ele chegou e estava vestindo uma bermuda que comprei no mercado livre pra ele. Aliás comprei várias bermudas porque estava cansada de vê-lo usando roupas usadas dos outros. A mim e meu filho sempre nos deram sobras. Ainda no meu útero me pediram para abortá-lo e eu disse não porque achei que aquele amor que eu sentia por ele merecia ao menos ver a luz do sol e sentir a brisa da vida. Eu passei o dia chorando, lembrando da primeira semana que ele passou no exército, do tempo que morávamos no Bairro das Flores em Brumado. Eu sei, porque toda mãe sabe, quem o fez sofrer, quem o fez chorar... O Barba Azul não conseguindo me destruir com sua astúcia feroz e vil, matou meu filho, vivia falando mal dele pelo bairro afora, nos caixas da Perini, na barraquinha de meu primo lá em Brotas. Colocou-lhe, perversamente, o apelido de Serapião. O dia mais triste foi quando fomos para Vitória de carro e o B
  “Indecente é não ter Direitos!” Essa foi a frase que li hoje perto do meio dia, quando fui ao mercadinho comprar algo para preparar o almoço do Domingo. Estar na bag de uma entregadora de aplicativo, uma moça bonita com capacete e cabelos longos, quando li a frase que me chamou imediatamente a atenção, falei: - Ei, moça, gostei da frase da sua bag! Ela, com um pacote na mão que parecia uma embalagem de presente me respondeu: - Ah, é isso aí! Obrigada, tamo junto! Segui meu caminho e gritei pra ela: -Tamo juntas! Eu concordo ipsi literis com a frase, é exatamente isso! “INDECENTE É NÃO TER DIREITOS!” E   isso vale pra qualquer coisa, qualquer direito, seja ele dos fundamentais previsto no art. 5 da CF, passando pela Maria da Penha e indo ao direito ao cumprimento das leis penas em ambientes salubres e adequados à dignidade da pessoa humana. Esse rótulo de “indecente” usado pra um tamanho de saia ou para um simples cruzar de pernas, é um atentado à liberdade, direito bás
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 Imagem: O Caminho do Jardim Monet Saudade   Por você eu daria um beijo de Klimt Daria um grito de Murph Bailaria A Dança de Matisse Ergueria um templo e um Jardim de Monet Talvez por ter me negado a vida estar a seu alcance Eu, despida e perfumada, apenas dance É que você insiste em habitar no planeta dos meus sonhos Como se eu fosse um anel e você, Saturno E sigo essa minha rota alterada Cheia de desejo e ternura Cultivo as lembranças mais doces E na neblina que atravessa a cidade Seu nome me acorda em forma de saudade.   Alyne Costa, 06/06/2024  
  Solstício   Quando o sol se recolhe E as lágrimas dos mártires caem do céu Meu coração se recolhe à noitinha No agasalho um fio de lã se solta Fazendo aposta com o destino Num estandarte Santo Antônio No outro São João Menino São Pedro chega mais tarde Canjica, amendoim, milho verde Licor mata a sede de amor O fole rasga pro sanfoneiro melhor E a gente se embriaga de forró.   Alyne Costa, 03/06/2024