“O que a vida quer da gente é coragem.” Guimarães Rosa

Se a vida fosse uma lagoa calma, que graça teria? O que aprenderíamos com o decurso dos dias?

Em Sidarta, Herman Hesse, compara a vida a um rio.

Um rio nunca é o mesmo, assim como as marés, mudam incessantemente, a natureza ensina, ensina de diferentes formas, com a chuva que cai, lavando a terra, com o sol que aquece e nos banha de luz, com a lua, em suas múltiplas fases, cada uma nos dando diferentes lições de adaptação.

Cataclismas também ensinam, se tivéssemos escutado o cacique Seatle que afirmava que “Tudo que fere a terra, fere os filhos da Terra.”, não estaríamos vivenciando tantos desastres ambientais em esfera mundial.

Agora, paciência, temos que nos adaptar, viver cada dia como um novo e ao mesmo tempo o último, posto que a vida é feita de ciclos, os dias nascem e morrem e cada um deles é um ciclo em que precisamos nos doar e criarmos em torno de nós amorosidade e bem querer.

Quando eu era criança, meu pai tocava no violão aquela canção de Caetano cheia de ternura que diz: “Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito ainda mora...”

Às vezes a tristeza chega, junto com a saudade de alguém e a gente pensa que a felicidade foi embora... Que nada, quando menos esperamos a felicidade volta!

Algumas coisas em que somos impotentes precisamos simplesmente aceitar, já outras a vida, como disse Guimarães Rosa, exige coragem para mudar, maior coragem ainda exigem as mudanças internas...

E nesses processos contínuos de abandonar casulos, que possamos voar livres e lindamente como borboletas.

Alyne Costa, 19/06/24

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