Monday, April 18, 2011

O Filme Que Eu Vi Ontem A Noite


Fotografia retirada do blog http://abrigodeventos.blogspot.com

Em seu corpo retalhos de uma guerra.
Cicatrizes na alma.
Aprendera a amá-lo enquanto fazia curativos sobre suas queimaduras.
Pouco falava.
Lembranças do horror haviam levado a escolher a solidão.
Ele aos poucos esculpia na muralha de gelo que a contornava uma flor.
E contou que não sabia nadar por pavor a monstros marinhos imaginários.
Parei o filme.
Um café. Um cigarro. Os remédios homeopáticos.
Lembrei de um tempo que eu gostava de roda gigante e de soltar bolas de sabão.
A inocência sublimava os temores.
Nunca devemos deixar que as marcas de qualquer terror matem uma possibilidade de amor.
Liguei o filme.
O amor nascia numa plataforma de petróleo.
Ele precisou ir para o hospital e ela fugiu.
Fugiu para seu trabalho, seu mundo e sua dor. Fugiu do amor.
Obstinado, ele a encontra e revela seus desejos.
Não havia mais como fugir, o amor havia cercado por todos os lados.
Foram felizes...
Stop.

Alyne Costa
18/04/11

5 comments:

Nielson Alves said...
This comment has been removed by the author.
Nielson Alves said...

Entre em cicatrículas, mora em Lembranças, talvez uma dor ...
Gostei de Toda descrição,esses cotidianos misturando com o Confronto de amar, e o descobrimento da Paixão.

A Verdade e que a poesia nos veste de Esperança e o Amor e a Língua dos Poetas.
Beijos e aplausos

cafundó said...

Obrigada, Nielson. Volte sempre!

Lê Fernands said...

quando o amor arrebata, ninguém pode mais.

Geladeira no prego said...

"Não havia mais como fugir, o amor havia cercado por todos os lados."
Acho que de certa forma eu estava fugindo também, e ele acabou me pegando :)

Adorei seu texto !

Bjs