Guerras
Habitou-me um grito aflito de sufoco desmedido Eu que já não sei quem sou Também desconheço os mares que habito Ondas sonoras ressoam o caos mundano Mutilações abismais dançaram tarde afora Algum lugar em mim roga: Leva-me embora daqui Aonde haja paz, anjo e canto de bem-te-vi Levam-me pra a casa aonde adormecem os ipês Aonde quimeras inauguram a primavera Leva-me aonde há vigílias de luzes azuis Como os vagalumes resplandecem sua tímida luz Traga-me um violeiro e um reino encantado Viola, poesia, aroma delicado Pela tarde o som do caos arrancou a minha sobra de razão Enlouquecida a minha ternura transformou-se em confusão Assim jaz a paz. Alyne Costa, 22/09/2022